quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Revista - Nossa Herança Africana


Durante os dois últimos trimestres o continente africano esteve muito presente no nosso cotidiano.
Nos dedicamos a conhecer e reconhecer as contribuições que os povos trazidos para serem escrevizados nos deixaram. O resultado está aí - A Revista da 503, aproveite!



Texto Marina Brandão - Aprendizagens Quilombo São José da Serra

Aprendizagens no Quilombo São José

Ilustração: Bel, Marina, Clara, Miguel Khoury e Vinícius
       O Quilombo São José da Serra era conhecido, antigamente, como um abrigo para os escravizados que fugiam por não aguentar os maus tratos. Hoje, segundo Toninho Canecão (líder do quilombo), o quilombo representa liberdade.
     O quilombo foi formado por um casal que fugiu de uma fazenda e depois de um tempo foi chegando mais gente até formar o Quilombo São José da Serra. Para disfarçar e também escondê-lo, uma fazenda foi construída dentro dele.
      Após a abolição da escravidão a terra não foi considerada dos afrodescendentes e tiveram então que lutar pelos seus direitos. O que mais influenciou os afrodescendentes a lutar pela sua terra foi a ida de pessoas ao quilombo para conhecê-lo, o que lhes fez acreditar que eram importantes.
       Como vários africanos foram trazidos da África de lugares diferentes, as culturas se misturaram formando religiões, danças e costumes diferentes.
O jongo é um exemplo de dança formada por diferentes povos africanos, segundo Toninho canecão sempre tem motivo para dançar o jongo.
A religião mais utilizada no quilombo é a Umbanda. Uma diferença da Umbanda para o Catolicismo é que nela são oferecidos objetos, alimentos e outras coisas aos orixás, “seus deuses.”
     As construções do quilombo são todos feitos com materiais naturais.
     O que mais honra os afrodescendentes do Quilombo São José da Serra são seus antepassados que eram um povo muito forte, capaz de suportar o sofrimento passado.
    Foi uma emoção muito grande chegar no quilombo, pude ver de perto a alegria dos moradores e o modo como eles vivem. No Quilombo São José da Serra, o modo como eles conservam a cultura africana na sua sociedade é incrível. Por causa disso que gostei tanto do quilombo!!!                                             

                       Marina Brandão.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Texto - Clara Beleza - Fazenda Ponte Alta - Texto livre

 

PONTE ALTA 




Ilustrador: Tuninho




Eu estava há muito tempo esperando essa viagem chegar e finalmente ela chegou, já estava animada um dia antes da viagem!
No ônibus estava uma gritaria de felicidade, ninguém conseguiu dormir. Até a Petrô que já tinha ido muitas vezes estava torcendo para chegar.
Quando chegamos todos queriam pular para fora do ônibus. Foi uma bagunça, todas as meninas do quinto ano ficaram no mesmo quarto. Pela primeira vez as meninas foram mais bagunceiras que os meninos!
Todas as meninas estavam animadas para o baile. Quando botamos a roupa ficamos nos sentindo como umas princesas. Depois do baile teve tipo uma boate nós dançamos muito. Eu, Eric, Mari, Bel, Daniel, Pepe e muito mais gente ficamos até o final. Foi muito divertido!!!
No dia seguinte acordei muito rouca de tanto dançar e cantar. Algumas meninas planejaram entrar no quarto dos meninos e maquiar eles, mas desde o começo eu e Isabelle achamos que não era uma boa ideia, porque estava cheio de inspetores pela área e alguma hora elas iriam ser descobertas.
       No dia de ir embora fizemos muita coisa: esqui-bunda, piscina, futebol.
No ônibus de volta pensei que seria um tédio, mas o Miguel Khoury me fez rir muito, resumindo tudo foi divertido até a volta.
Clara Beleza/503

Texto Miguel Khoury - Aprendizagens em uma aula de História

Aprendizagens em uma aula de História


Ilustradores: João Mota e Caio

Na aula de 06/05 a nossa professora passou alguns vídeos contando sobre a escravidão.
Quando os portugueses chegaram na África os africanos vendiam seus  irmãos para serem escravizados pelos europeus.
Os europeus levavam vários africanos porque sabiam que muitos morreriam durante a viagem de travessia do oceano. Nesse processo, muitos cometiam suicídio por não suportarem o sofrimento. Eles ficavam e dormiam no porão e faziam suas necessidades fisiológicas ali mesmo.
Quando chegavam na América portuguesa, ficavam em um lugar por um tempo para se recuperar. Depois eram postos à venda. Passavam um líquido que fazia com que os escravizados parecessem estar em bom estado.
Ao serem comprados e começarem a trabalhar. Naquela época existiam os engenhos onde os escravizados trabalhavam na produção de açúcar. E eles revezavam o trabalho.
Alguns escravizados cometiam suicídio sabendo que isso causaria prejuízo aos senhores. Outros fugiam, às vezes com a ajuda dos indígenas.
Depois de fugirem eles formavam quilombos. Um quilombo que conseguiu se manter por muito tempo e sobreviver a vários ataques foi o Quilombo dos Palmares. Eles tiveram um líder chamado Zumbi, que morreu protegendo esse quilombo. O quilombo dos Palmares lutou pela liberdade de todos os excluídos.
Para acabar com essa era no Brasil, tiveram leis abolicionistas como a do Ventre Livre e a dos sexagenários e finalmente a escravidão foi abolida quando o pai da princesa Isabel estava viajando e ela sofreu pressão e assinou a Lei Áurea.
Esse foi o meu aprendizado através dos vídeos que assistimos!!

Miguel Khoury

Texto João Pedro Eckmman - Viagem Vale do Paraíba - no ônibus

      Ônibus 


Ilustradores: João Mota, Dudu, Richard e Miguel Lorenzo

        Finalmente a tão esperada viagem chegou, nesse texto eu vou contar da bagunça que aconteceu no ônibus.
        Antes da viagem nós tínhamos que ir ao colégio para etiquetar as malas.  Depois fomos chamados para deixar as malas no ônibus, logo nos despedimos dos nossos pais e embarcamos.
         Eu sentei do lado do Mig Coimbra e logo que o ônibus começou a andar eu vi umas quatro mães chorando.
        Atrás de onde sentamos, o Richard e o Leo começaram a jogar. Do nosso lado o Mano e o Vini estavam ouvindo música e o Gustavo estava morrendo de sono.
        Quando o Gustavo dormiu o Eric, que estava ao lado dele trocou de lugar com a Petrô e foi sentar-se com o Dudu. Muitas pessoas queriam acordar o Gustavo, e a Petrô o acordava só para avisar isso.
          Nós já estávamos perto do Aeroporto do Galeão e a Petrô falou que ia dar décimos para quem o  encontrasse  no mapa e eu o achei!!
      Quando nós entramos na serra vimos uma paisagem chamada geograficamente de “mar de morros” e ele é muito bonito!
     Logo depois da serra a minha turma começou a cantar uma música chamada “eu sou um bolinho de arroz.” E por fim chegamos ao Quilombo São José da serra.
     Essa viagem foi muito divertida!!!
 
      João Pedro Eckmann
          t. 503     

Texto Eduardo Nascentes - Aprendizagens Quilombo São José da Serra

Aprendizagens Quilombo São José da Serra


Ilustradores: Marina e Vini


        Eu aprendi que o Quilombo São José da Serra é muito diferente da vida da cidade; não tem nada de internet e tudo mais... Olhando dessa forma eles parecem ser um povo bem simples, porém apresentam uma exuberante cultura, com o jongo, a mistura da religião de umbanda com a católica, dentre outros!
         Acho muito bonito você parar para ver que esse grupo (povo) faz parte do nosso país, o Brasil! Eles fazem parte de uma representação negra brasileira!
          Também aprendi que eles são muito fiéis a própria cultura, pois dizem nunca deixá-la para morar na cidade, além de educar todos os habitantes de lá (desde criança) a respeitar, praticar e ensiná-la.
          As crianças se divertem muito e brincam de piques, esportes peteca e balanço, dando uma maravilhosa energia a seu corpo. É bom avistá-los brincando tão livremente. É impressionante!
          Na escola é ensinado a cultura do povo e também, é claro, o que aprendemos aqui na cidade.
A comida é muito saborosa, a feijoada! A feijoada, historicamente, foi inventada pelos ex-escravizados africanos e indígenas (especialmente os africanos), que recebiam os restos das carnes comidas (pelos senhores e senhoras) e misturavam com feijão, fazendo toda essa “mistureba”, que é feita até hoje!
          Foi muito bom fazer essa vista. Obrigado ao quilombo receber a nossa turma tão bem e por nos dar essa energia que fica animando todo o nosso corpo.
          Amei a Viagem!!!!! S2
                                                                  Eduardo N.C (Dudu) T. 503   

Texto Vinícius Drummond - Aprendizagens Fazenda Ponte Alta

Aprendizagem na fazenda Ponte Alta
Ilustradores: Luisa Allegri, Maria Paula




          Hoje eu irei falar sobre o meu aprendizado na Fazenda Ponte Alta.
         Primeira coisa que quero dizer é deu um certo nervoso quando eu dormi, pensar que ali vários SERES HUMANOS eram maltratados e castigados.
          A senzala, onde eles dormiam, era em cima de um estábulo para aquecê-los com o calor que vinha dos animais. O local era feito de barro e madeira.
         Antigamente no meio da fazenda havia uma parte bem no centro, era um planalto cheio de pedra para secar o café e os escravizados trabalharem. Esse era o quadrilátero funcional.
      Todos os meninos da 503 dormiram na casa do feitor. O feitor era o homem que dava as ordens na fazenda quando o Barão viajava.
      Os barões começaram a construir enfermarias por conta da Lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de escravizados, por esse motivo o preço do escravizado aumentou muito e eles precisavam cuidar da “mercadoria”.
      Se houvesse um corte muito grande eles davam cachaça, pegavam agulha de roupa, linha e costuravam. Isso devia inflamar!!!
      Os Barões pagavam tropeiros para levar sua mercadoria e vender na cidade.
      Hoje em dia percebemos que os escravizados eram maltratados, mas naquela época era o que acontecia era normal. Ainda bem que essa sociedade já acabou senão ainda teria a Escravidão e alguns parentes ou amigos poderiam ser escravizados. Esse foi meu aprendizado.

 Vinícius Drummond Couto
Turma : 503